Após mais de dez horas de julgamento no plenário do Fórum Tabelião Pacheco de Medeiros, em Muriaé, chegou ao fim o júri do caso que ficou conhecido como o da “Viúva Negra”.
A acusada, Larissa, foi condenada a 16 anos de prisão por ser a mandante do homicídio de Cletson Júnior Freitas Braga, com quem conviveu por 17 anos e teve dois filhos. O crime aconteceu em outubro de 2023.
A promotora de Justiça Dra. Jackeliny Rangel classificou o resultado como uma vitória parcial. Segundo ela, o Conselho de Sentença acatou todas as teses da acusação, mas também reconheceu uma causa de diminuição de pena proposta pela defesa, o que reduziu a condenação de 24 para 16 anos.
“É uma tarde de gosto amargo. Uma vitória e uma derrota ao mesmo tempo. O Conselho de Sentença reconheceu todas as teses da acusação, mas também uma causa de diminuição. Sabemos que 16 anos parecem muito, mas não é. A pena da vítima é eterna, e o tempo efetivo de cumprimento é muito menor”, afirmou a promotora.
O Ministério Público informou que vai recorrer da decisão, pedindo o aumento da pena no Tribunal. “O caso é muito grave. Trata-se de uma mandante do homicídio de um homem trabalhador, pai dos filhos dela. Vamos buscar um patamar de pena mais justo”, completou Dra. Jackeliny.
Durante informações repassadas ao repórter Markinhus, a promotora destacou que há indícios de que Larissa teria tentado envenenar o marido em outras ocasiões, embora não existam provas materiais suficientes para novas acusações.
A condenada seguirá cumprindo pena em regime fechado, enquanto o caso continua repercutindo em Muriaé e em toda a região.